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Mensagens Escolhidas 2 - Contents
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    Capítulo 1

    Desde a queda no Éden, a raça tem estado a degenerar. Deformidade, imbecilidade, doença e sofrimento humano têm oprimido mais e mais pesadamente cada geração que se sucede desde a queda, e todavia as massas se acham adormecidas quanto às causas reais. Não consideram serem elas mesmas culpadas, em grande medida, deste deplorável estado de coisas. Acusam geralmente a Providência de seus sofrimentos, e consideram a Deus o autor de seus infortúnios. É, porém, a intemperança, em maior ou menor grau, que se encontra à base de todo esse sofrimento.ME2 411.1

    Eva foi intemperante em seus desejos quando estendeu a mão para apanhar o fruto proibido. A satisfação própria tem dominado quase suprema no coração dos homens e mulheres desde a queda. Especialmente o apetite tem sido objeto de condescendência, e eles têm sido controlados por ele em vez de o serem pela razão. Por amor da satisfação do paladar, Eva transgrediu o mandamento de Deus. Ele lhe dera tudo quanto lhe era necessário, e no entanto ela não estava satisfeita. Desde então, seus filhos e filhas caídos têm seguido os desejos de seus olhos e de seu gosto. Têm, como Eva, desconsiderado as proibições feitas por Deus, e seguido uma direção de desobediência, e, como Eva, têm-se lisonjeado de que as conseqüências não seriam tão terríveis como se temera.ME2 411.2

    O homem tem menosprezado as leis de seu ser, e a doença foi indo em decidido aumento. A causa se tem feito seguir do efeito. Ele não se tem satisfeito com o alimento mais saudável; antes agrada a seu paladar mesmo à custa da saúde.ME2 411.3

    Deus estabeleceu as leis de nosso ser. Caso violemos essas leis, temos de, mais cedo ou mais tarde, pagar a pena. As leis de nosso ser não podem ser violadas com mais êxito do que acumulando no estômago alimento nocivo, por ser desejado por um apetite mórbido. Comer excessivamente, mesmo de alimento simples, terminará por debilitar os órgãos digestivos; acrescente-se a isso, porém, o comer demasiado de comidas nocivas, e o mal é grandemente aumentado. A constituição vem a deteriorar-se.ME2 411.4

    A família humana tem-se tornado mais e mais complacente consigo mesma de maneira que a saúde vem sendo por demais sacrificada sobre o altar do apetite concupiscente. Os habitantes do Velho Mundo eram intemperantes no comer e beber. Queriam pratos de carne, embora Deus não lhes houvesse dado permissão de comerem alimento animal. Comiam e bebiam excessivamente, e seu apetite pervertido não conhecia limites. Deram-se a abominável idolatria. Tornaram-se violentos e ferozes, e tão corruptos que Deus não mais os pôde suportar. Encheu-se o cálice de sua iniqüidade, e o Senhor purificou a Terra de sua poluição moral por meio de um dilúvio. Quando os homens se multiplicaram sobre a face do globo depois do dilúvio, esqueceram a Deus, e corromperam seus caminhos perante Ele. Cresceu em grande medida a intemperança em todas as suas formas.ME2 412.1

    O Senhor tirou Seu povo do Egito de maneira vitoriosa. Ele os conduziu pelo deserto a fim de prová-los e experimentá-los. Manifestou repetidamente Seu maravilhoso poder em seus livramentos dos inimigos. Prometeu tomá-los para Si, como Seu particular tesouro, caso obedecessem a Sua voz, e guardassem Seus mandamentos. Não lhes proibiu comerem carne de animais, mas restringiu-o em grande medida. Proporcionou-lhes alimento da espécie mais saudável. Fez chover do Céu o seu pão, e deu-lhe a mais pura água, tirada da rocha. Fez com eles um concerto: caso Lhe obedecessem em tudo, guardá-los-ia de enfermidades.ME2 412.2

    Os hebreus, porém, não estavam satisfeitos. Desprezaram o alimento a eles dado do Céu, e desejaram voltar ao Egito, onde se sentavam junto às panelas de carne. Preferiam a servidão, e mesmo a morte, a ser privados da carne. Em Sua indignação, Deus deu-lhes carne para satisfação de seus concupiscentes apetites, e grande número deles morreu enquanto ainda estavam comendo o que haviam cobiçado.ME2 412.3

    Nadabe e Abiú foram mortos pelo fogo da ira de Deus por sua intemperança no uso do vinho. Deus queria que Seu povo compreendesse que será julgado segundo sua obediência ou transgressões. O crime e a enfermidade têm aumentado a cada geração sucessiva. A intemperança no comer e beber, e satisfação das paixões inferiores, têm obscurecido as faculdades mais nobres. O apetite tem, em proporção alarmante, controlado a razão.ME2 412.4

    A família humana tem condescendido com crescente desejo de alimento mais suculento, até que se tornou moda acumular todas as iguarias possíveis no estômago. Em particular em reuniões festivas, condescende-se com o apetite quase sem restrições. Participa-se de opulentos jantares e ceias retardadas compostas de pratos altamente condimentados, com molhos suculentos, bolos indigestos, tortas e sorvetes, etc.ME2 413.1

    Professos cristãos tomam geralmente a dianteira nessas reuniões feitas segundo a moda. Grandes somas de dinheiro são sacrificadas aos deuses da moda e do apetite, no preparo de banquetes de iguarias destruidoras da saúde para tentarem o apetite, para que por esse meio sejam arrecadados meios para desígnios religiosos. Assim, ministros e professos cristãos têm desempenhado sua parte e exercido sua influência, por preceito e por exemplo, no condescender com a intemperança no comer, e no dirigir o povo a glutonaria destrutiva da saúde. Em vez de apelarem para a razão do homem, a sua generosidade, sua humanidade, suas faculdades mais nobres, o mais bem-sucedido apelo que pode ser feito é ao apetite.ME2 413.2

    A satisfação do apetite induzirá os homens a dar meios quando, de outro modo, nada fariam. Que triste quadro para cristãos! Agradar-Se-á Deus com tal sacrifício? Quão mais aceitável Lhe foi a moeda da viúva! Aqueles que lhe seguem o exemplo, de coração, receberão o “bem está”. Obter a bênção do Céu sobre o sacrifício assim feito, pode tornar a mais singela oferta do mais alto valor.ME2 413.3

    Homens e mulheres que professam ser seguidores de Cristo, são muitas vezes escravos da moda, e de um apetite glutão. Nos preparativos para reuniões feitas à moda, gasta-se em cozinhar uma variedade de pratos indigestos, tempo e forças que deveriam ser empregados a mais elevados e nobres fins. Por ser moda, muitos que são pobres e dependem do diário labor se dão ao dispêndio de preparar diferentes espécies de bolos condimentados, conservas, tortas e uma variedade de comidas em uso corrente para as visitas, coisas que só prejudicam os que delas partilham; quando, por outro lado, necessitam da quantia assim gasta para comprar roupas para si mesmos e seus filhos. Esse tempo ocupado em cozinhar comidas para satisfazer o gosto com detrimento do estômago, devia ser dedicado à instrução moral e religiosa de seus filhos.ME2 413.4

    Visitas segundo a moda se tornam uma ocasião de gulodice. Comidas e bebidas prejudiciais são saboreadas em tal quantidade que sobrecarregam grandemente os órgãos digestivos. As forças vitais são chamadas a desnecessária ação no digeri-las, o que produz exaustão, e perturba grandemente a circulação do sangue e, em resultado, é sentida falta de energia vital em todo o organismo. As bênçãos que poderiam resultar dessas visitas sociais, perdem-se com freqüência, em virtude de vosso anfitrião, em vez de aproveitar com vossa conversação, estar labutando no fogão a preparar uma variedade de pratos para neles vos banqueteardes. Homens e mulheres cristãos nunca devem permitir que sua influência favoreça tal atitude, comendo dos quitutes assim preparados. Fazei-os compreender que o objetivo de vossa visita não é condescender com o apetite, mas vosso intercâmbio de idéias e sentimentos uns com os outros, deve ser uma bênção mútua. A conversação deve ser daquele caráter elevado, enobrecedor que poderá ser posteriormente evocado com sentimentos do mais elevado prazer.ME2 414.1

    Os que recebem visitas, devem ter alimentos nutritivos, de frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples e saborosa. Essa maneira de cozinhar não exigirá senão pouco mais de trabalho ou despesa e, delas se partilhando com moderação, não causam dano a ninguém. Se os mundanos preferem sacrificar tempo, dinheiro e saúde para satisfazer o apetite, que o façam, e paguem a pena da transgressão das leis da saúde; os cristãos, porém, tomem sua atitude em relação a essas coisas, e exerçam influência no justo sentido. Muito podem eles fazer para reformar esses costumes segundo a moda, destruidores da saúde e da alma.ME2 414.2

    Muitos condescendem com o pernicioso hábito de comer justamente antes da hora de dormir. Podem haver ingerido três refeições regulares; todavia, por sentirem uma sensação de fraqueza, como se fosse fome, comem um lanche, ou quarta refeição. Cedendo a essa prática errônea, ela se tem tornado hábito, e eles sentem como se não pudessem dormir sem fazer um lanche antes de ir deitar-se. Em muitos casos, a causa dessa sensação de fraqueza é haverem os órgãos digestivos sido já sobrecarregados durante o dia no digerir comida prejudicial empurrada no estômago demasiado freqüentemente, e em quantidades excessivas. Os órgãos digestivos, assim abarrotados, ficam cansados, e necessitam um período de inteiro repouso do trabalho para recuperar suas energias exauridas. Não deve nunca ser ingerida uma segunda refeição enquanto o estômago não houver tido tempo para descansar da tarefa de digerir a anterior. Caso se tome uma terceira refeição, esta deve ser leve, e várias horas antes de ir para a cama.ME2 414.3

    Mas por parte de muitos, o pobre estômago cansado pode queixar-se de fadiga em vão. Mais comida lhe é imposta, o que põe em movimento os órgãos digestivos, para de novo executar a mesma rotina de labor durante as horas do sono. O sono dessas pessoas é geralmente perturbado com sonhos desagradáveis, e pela manhã acordam não revigoradas. Há uma sensação de langor e perda de apetite. Faz-se sentir falta de energia em todo o organismo. Dentro de pouco tempo o aparelho digestivo se acha exausto, pois não tem tido tempo de repouso. Essas criaturas tornam-se infelizes dispépticas, e cogitam que é que as deixou assim. A causa trouxe o seguro resultado. Caso esse costume seja seguido por longo tempo, a saúde ficará seriamente danificada. O sangue se torna impuro, a pele amarelada, e freqüentemente aparecem erupções. Ouvireis com freqüência dessas pessoas queixas de dores e irritação na região do estômago, e enquanto trabalham, esse órgão fica tão cansado que eles são obrigados a desistir do serviço, e repousar. Elas parecem não saber a que atribuir esse estado de coisas; pois, a não ser isso, estão aparentemente bem de saúde.ME2 415.1

    Aqueles que estão mudando de três refeições ao dia para duas, experimentarão a princípio sensação de fraqueza, especialmente ao tempo em que estavam habituados a comer a terceira refeição. Caso, porém, perseverarem por um pouco de tempo, essa sensação desaparecerá. Ao deitar-nos para dormir, o estômago deve ter seu trabalho terminado, para fruir repouso, da mesma maneira que as outras partes do corpo. O trabalho da digestão não deve ser levado avante durante qualquer período das horas de sono. Depois de o estômago, que foi sobrecarregado, haver cumprido sua tarefa, fica exausto, o que ocasiona sensação de debilidade. Aí muitos se enganam, e pensam que seja a falta de alimento que produz essa sensação, e em vez de dar ao órgão tempo de repousar, ingerem mais comida, que pelo momento faz desaparecer aquele mal-estar. E quanto mais se condescende com o apetite, tanto mais serão suas reclamações para ser satisfeito. Essa debilidade é em geral resultado de comer carne, de comer freqüentemente, e demasiado. O estômago fatiga-se por estar sempre em atividade, digerindo comida que não é das mais saudáveis. Sem tempo para restaurar-se, os órgãos digestivos se enfraquecem, e daí a sensação de esvaimento, e desejo de comer com freqüência. O remédio de que essas pessoas precisam é comer menos freqüentemente, e em menor quantidade, e satisfazer-se com alimento simples, tomando-o duas, ou quando muito, três vezes ao dia. O estômago deve ter seus períodos regulares de trabalho e de repouso, e portanto o comer irregularmente e entre as refeições é perniciosíssima violação das leis da saúde. Com hábitos regulares, e comida apropriada, o estômago se restabelecerá gradualmente.ME2 415.2

    Por ser moda, em harmonia com apetites mórbidos, atulham-se no estômago bolos indigestos, tortas e pudins, e tudo quanto é nocivo. A mesa precisa estar carregada de uma variedade, do contrário o apetite pervertido não se satisfaz. Pela manhã, esses escravos do apetite revelam muitas vezes mau hálito, e língua ensaburrada. Não gozam saúde, e se admiram por sofrerem dores, dores de cabeça, e várias doenças. A causa trouxe os seguros efeitos.ME2 416.1

    Para preservar a saúde, é necessária a temperança em tudo. Temperança no trabalho, temperança no comer e no beber.ME2 416.2

    Muitos são tão dados à intemperança que não mudarão de orientação em condescender com a gulodice, sob quaisquer considerações. Mais depressa sacrificariam a saúde, e morreriam prematuramente, do que restringiriam o apetite desordenado. E muitos há que são ignorantes da relação que sua maneira de comer e beber tem com a saúde. Pudessem esses ser esclarecidos, e poderiam possuir coragem moral para renunciar ao apetite, e comer mais moderadamente, e unicamente daquelas comidas que fossem saudáveis, e por sua própria maneira de agir pouparem-se a grande soma de sofrimentos.ME2 416.3

    Devem envidar-se esforços para conservar cuidadosamente o restante das forças vitais, suspendendo todo peso excessivo. Talvez o estômago nunca venha a recuperar plenamente a saúde, mas uma orientação adequada no regime alimentar poupará a posterior debilidade, e muitos se recuperarão mais ou menos, a não ser que tenham ido demasiado longe na glutonaria suicida.ME2 416.4

    Os que se permitem tornar-se escravos de um apetite mórbido, vão muitas vezes ainda mais longe, e rebaixam-se pela condescendência com paixões corruptas, que foram excitadas pela intemperança em comer e beber. Dão rédea solta a suas degradantes paixões, até que a saúde e o intelecto sofram grandemente. As faculdades de raciocínio são, em grande medida, destruídas pelos maus hábitos.ME2 416.5

    Tenho-me admirado de que os habitantes da Terra não fossem destruídos, como o povo de Sodoma e Gomorra. Tenho visto razão suficiente para o atual estado de degeneração e mortalidade no mundo. Cegas paixões controlam a razão, e toda elevada consideração é, por parte de muitos, sacrificada à concupiscência.ME2 417.1

    O primeiro grande mal foi intemperança no comer e beber. Homens e mulheres tornaram-se servos do apetite.ME2 417.2

    O porco, se bem que um dos artigos mais comuns no regime alimentar, é um dos mais prejudiciais. Deus não proibiu os hebreus de comerem carne de porco meramente para mostrar Sua autoridade, mas porque ela não era artigo de alimentação apropriado para o homem. Encheria o organismo de escrófulas, e especialmente nos climas quentes, produziria lepra, e moléstias de várias espécies. Sua influência sobre o organismo naquele clima era muito mais prejudicial do que em um clima frio. Mas Deus nunca destinou o porco para ser comido sob quaisquer circunstâncias. Os pagãos usavam o porco como alimentação, e o povo americano tem francamente essa carne como importante artigo no regime alimentar. A carne de porco não seria agradável ao paladar em seu estado natural. É tornada agradável ao apetite mediante muitos condimentos, o que torna uma coisa muito má ainda pior. A carne de porco, acima de todas as outras comidas cárneas, produz um mau estado no sangue. Uma pessoa que ingere muito porco, não pode deixar de ser doente. Os que fazem muito exercício ao ar livre não compreendem os maus efeitos da ingestão de carne de suíno como aqueles cuja vida é na maior parte dentro de casa, e cujos hábitos são sedentários, e o trabalho é mental.ME2 417.3

    Não é, porém, apenas a saúde física que é prejudicada pelo uso do porco. A mente é afetada, e as mais finas sensibilidades são embotadas pelo uso desse grosseiro artigo de alimentação. Impossível é a carne de qualquer criatura vivente ser saudável, quando a imundície é seu elemento natural, e quando eles se alimentam de tudo quanto é detestável. A carne do porco se compõe daquilo que ele come. Se os seres humanos lhe comem a carne, seu sangue e sua carne ficarão corrompidos pelas impurezas transmitidas pelo porco.ME2 417.4

    A ingestão de carne de porco tem produzido escrófulas, lepra e humores cancerosos. Comer carne de porco causa ainda à raça humana o mais intenso sofrimento. Os apetites pervertidos cobiçam as coisas mais nocivas à saúde. A maldição que pesou duramente sobre a Terra, e tem sido sentida por toda a raça humana, tem sido também sentida pelos animais. Os animais têm degenerado nas dimensões, no decorrer dos anos. Têm tido de sofrer mais do que de outro modo sofreriam, devido aos maus hábitos dos homens.ME2 417.5

    Não há senão poucos animais isentos de doenças. A muitos tem sido imposto muito sofrimento pela falta de luz, de ar puro e de alimento saudável. Quando são engordados, ficam muitas vezes confinados em estábulos fechados, não lhes sendo permitido fazer exercício, e fruir abundante circulação de ar. Muitos pobres animais são deixados a respirar o veneno da imundície deixada nos celeiros e estábulos. Seus pulmões não permanecem sãos quando inalando tais impurezas. A doença é levada ao fígado, e todo o organismo do animal fica doente. Eles são mortos, e preparados para o mercado, e o povo come à vontade dessa comida animal envenenada. Muita doença é assim causada. Mas não se pode fazer o povo acreditar que é a carne que ingerem que lhes tem envenenado o sangue, e ocasionado seus sofrimentos. Muitos morrem de doenças produzidas inteiramente pelo uso da carne, e todavia o mundo não parece tornar-se mais sábio.ME2 418.1

    Por que os que participam de alimento cárneo não experimentam imediatamente seus efeitos não se pode deduzir que ele não lhes faça mal. Ele pode estar agindo com segurança em seu organismo, e todavia a pessoa por algum tempo não percebe nada.ME2 418.2

    Aglomeram-se animais em carros fechados, e ficam quase privados de ar e de luz, de alimento e água, e são assim levados por milhares de quilômetros, respirando o ar contaminado que se ergue da sujeira acumulada, e ao chegarem a seu destino, e serem tirados dos carros, muitos se encontram meio mortos de fome, sufocados pelo pó, e se fossem deixados sós, morreriam por si mesmos. Mas o açougueiro completa a obra, e prepara a carne para o mercado.ME2 418.3

    São freqüentemente mortos animais que foram tangidos por boa distância para o matadouro. O sangue acha-se aquecido. Estão cheios de carnes, mas privados do saudável exercício, e quando têm de viajar para longe, ficam enfermiços e exaustos, e nessa condição são mortos para o mercado. Seu sangue se encontra grandemente excitado, e os que comerem de sua carne ingerem veneno. Alguns não são imediatamente afetados, ao passo que outros são atacados de forte sofrimento, e morrem de febre, cólera, ou alguma doença desconhecida. Muitos animais são vendidos para o mercado da cidade com conhecimento de estarem doentes por parte dos que os vendem, e os que os compram para o mercado nem sempre estão ignorantes do fato. Especialmente nas cidades maiores isto é feito em grande extensão, e os comedores de carne não sabem que estão ingerindo carne de animais enfermos.ME2 418.4

    Alguns animais levados ao matadouro parecem compreender o que deve ocorrer, e ficam furiosos, e positivamente loucos. E são mortos enquanto nesse estado, e sua carne preparada para o mercado. Sua carne é veneno, e tem produzido nos que a comem cãibras, convulsões, apoplexia e morte súbita. Todavia a causa de todo esse sofrimento não é atribuído à carne. Alguns animais são desumanamente tratados enquanto levados ao matadouro. São positivamente torturados, e depois que suportaram muitas horas de extremo sofrimento, são brutalmente mortos. Porcos têm sido preparados para o mercado mesmo quando atacados de praga, e sua carne envenenada tem espalhado doenças contagiosas, seguindo-se grande mortalidade. — How to Live, 1:51-60.ME2 419.1

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