Capítulo 14 — Cristo não operou milagres para si mesmo
- Prefácio
- Capítulo 1 — Confronto no deserto
- Capítulo 2 — Adão, Eva e seu lar edênico
- Capítulo 3 — O teste da provação
- Capítulo 4 — Paraíso perdido
- Capítulo 5 — Plano de redenção
- Capítulo 6 — Ofertas de sacrifícios
- Capítulo 7 — Apetite e paixão
- Capítulo 8 — Uma ameaça ao reino de Satanás
- Capítulo 9 — A tentação
- Capítulo 10 — Cristo como segundo Adão
- Capítulo 11 — Os efeitos terríveis do pecado sobre o homem
- Capítulo 12 — A primeira tentação de Cristo
- Capítulo 13 — Significado da prova
- Capítulo 14 — Cristo não operou milagres para si mesmo
- Capítulo 15 — Não discutia com a tentação
- Capítulo 16 — Vitória por meio de Cristo
- Capítulo 17 — A segunda tentação
- Capítulo 18 — O pecado da presunção
- Capítulo 19 — Cristo nossa esperança e exemplo
- Capítulo 20 — A terceira tentação
- Capítulo 21 — Término da tentação de Cristo
- Capítulo 22 — Temperança cristã
- Capítulo 23 — Condescendência própria disfarçada de religião
- Capítulo 24 — Mais do que uma queda
- Capítulo 25 — Saúde e felicidade
- Capítulo 26 — Fogo estranho
- Capítulo 27 — Imprudência presunçosa e fé inteligente
- Capítulo 28 — Espiritismo
- Capítulo 29 — Desenvolvimento do caráter
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Capítulo 14 — Cristo não operou milagres para si mesmo
Ele chamou a atenção de Cristo para a sua própria aparência atrativa, vestido de luz e forte em poder. Afirmava ser um mensageiro direto do trono do Céu. Asseverava que tinha o direito de exigir de Cristo evidências de ser Ele o Filho de Deus. Satanás estava decidido a descrer, se possível, das palavras que foram dirigidas dos Céus ao Filho de Deus por ocasião do Seu batismo. Determinou vencer a Cristo e se possível construir o seu próprio reino e assegurar sua vida. A primeira tentação que Satanás trouxe sobre Cristo referia-se ao apetite. Neste ponto tinha domínio quase completo sobre o mundo, sendo suas tentações adaptadas às circunstâncias e ambientes de Cristo, de tal maneira que eram quase insuportáveis.NDT 48.2
Cristo poderia ter operado um milagre em Seu próprio benefício; contudo, isto não estaria de acordo com o plano da salvação. Os muitos milagres na vida de Cristo demonstraram Seu poder de operar milagres em benefício da humanidade sofredora. Por um milagre de misericórdia Ele alimentou de uma só vez cinco mil, com cinco pães e dois peixinhos. Portanto, Ele tinha poder para operar milagres e saciar Sua própria fome. Satanás lisonjeava-se a si mesmo de que poderia levar Cristo a duvidar das palavras faladas do Céu por ocasião do Seu batismo. Se ele pudesse tentá-Lo a questionar Sua filiação e a duvidar da verdade das palavras faladas por Seu Pai, ganharia uma grande vitória.NDT 49.1
Encontrou a Cristo no desolado deserto, sem companheiros, sem alimento, e sofrendo. O ambiente era o mais melancólico e repulsivo. Satanás sugeriu a Cristo que Deus não deixaria Seu Filho nesta condição de necessidade e sofrimento. Esperava abalar a confiança de Cristo em Seu Pai, o qual havia permitido que Ele chegasse a esta condição de extremo sofrimento no deserto, onde pés de homem algum já haviam pisado. Satanás ansiava poder insinuar dúvidas quanto ao amor do Pai pelo Filho, encontrando abrigo na mente de Cristo e sob a força do desespero e da fome extrema, Ele exerceria o poder miraculoso em Seu próprio favor, libertando-Se das mãos do Pai celeste. Isto, realmente, era uma tentação para Cristo. Mas Ele não a acalentou por um momento. Não duvidou por um instante sequer do amor do Pai celestial, ainda que alquebrado por inexprimível angústia. As tentações de Satanás, posto que preparadas com muita perícia, não abalaram a integridade do querido Filho de Deus. Sua confiança repousava em Seu Pai, e não podia ser abalada.NDT 49.2