Capítulo 21 — Término da tentação de Cristo
- Prefácio
- Capítulo 1 — Confronto no deserto
- Capítulo 2 — Adão, Eva e seu lar edênico
- Capítulo 3 — O teste da provação
- Capítulo 4 — Paraíso perdido
- Capítulo 5 — Plano de redenção
- Capítulo 6 — Ofertas de sacrifícios
- Capítulo 7 — Apetite e paixão
- Capítulo 8 — Uma ameaça ao reino de Satanás
- Capítulo 9 — A tentação
- Capítulo 10 — Cristo como segundo Adão
- Capítulo 11 — Os efeitos terríveis do pecado sobre o homem
- Capítulo 12 — A primeira tentação de Cristo
- Capítulo 13 — Significado da prova
- Capítulo 14 — Cristo não operou milagres para si mesmo
- Capítulo 15 — Não discutia com a tentação
- Capítulo 16 — Vitória por meio de Cristo
- Capítulo 17 — A segunda tentação
- Capítulo 18 — O pecado da presunção
- Capítulo 19 — Cristo nossa esperança e exemplo
- Capítulo 20 — A terceira tentação
- Capítulo 21 — Término da tentação de Cristo
- Capítulo 22 — Temperança cristã
- Capítulo 23 — Condescendência própria disfarçada de religião
- Capítulo 24 — Mais do que uma queda
- Capítulo 25 — Saúde e felicidade
- Capítulo 26 — Fogo estranho
- Capítulo 27 — Imprudência presunçosa e fé inteligente
- Capítulo 28 — Espiritismo
- Capítulo 29 — Desenvolvimento do caráter
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Capítulo 21 — Término da tentação de Cristo
Depois de haver Satanás terminado suas tentações, ele deixou Jesus por um pouco de tempo. O inimigo foi derrotado, mas o conflito fora longo e excessiva a prova, e Cristo estava exausto e fraco. Caiu ao chão como se fosse morrer. Anjos dos Céus que se haviam curvado diante dEle nas cortes reais, e que com intenso e doloroso interesse presenciaram o terrível confronto, e como Ele enfrentou a Satanás, agora vieram para servi-Lo. Prepararam-Lhe alimento e O fortaleceram, pois Ele jazia como morto.NDT 66.1
Os anjos estavam cheios de espanto e admiração ao acompanhar os inexprimíveis sofrimentos do Redentor do mundo a fim de obter a redenção do homem. Aquele que era igual a Deus nas cortes reais, estava diante deles enfraquecido pelo jejum de aproximadamente seis semanas. Solitário, foi perseguido pelo chefe rebelde que havia sido expulso do Céu. Suportou a mais severa prova a que alguém já foi submetido. A luta contra o poder das trevas foi longa, e a natureza humana de Cristo a experimentou intensamente em Sua condição de fraqueza e sofrimento. Os anjos trouxeram-Lhe mensagens de amor e conforto, provenientes do Pai, bem como a certeza de que todo o Céu triunfou na vitória completa que Ele ganhou em favor do homem.NDT 66.2
O custo da redenção da raça humana nunca poderá ser completamente compreendido, até que os redimidos estejam em pé diante do Redentor, ao lado do trono de Deus. Ao ter eles capacidade para apreciar o valor da vida imortal e da recompensa eterna, avolumarão o cântico de vitória e imortal triunfo, “proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então ouvi que toda criatura”, disse João, “que há no Céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.”26Apocalipse 5:12, 13.NDT 66.3
Apesar de Satanás ter falhado nos seus mais fortes esforços e mais poderosas tentações, não desistiu de toda esperança de que nalgum futuro próximo seria bem-sucedido em seus esforços. Olhava para um período adiante no ministério de Cristo, quando teria oportunidades de tentar seus artifícios contra Ele. Satanás planejou cegar a compreensão dos judeus, povo escolhido de Deus, para que eles não discernissem em Cristo o Salvador do mundo. Pensou que poderia encher-lhes o coração de inveja, ciúme e ódio contra o Filho de Deus, a ponto de que não O recebessem mas tornassem a Sua vida na Terra a mais amarga possível.NDT 67.1
Satanás convocou um concílio de seus anjos, a fim de decidirem que curso deveriam seguir para impedir que o povo tivesse fé em Cristo como o Messias que os judeus por tão longo tempo haviam esperado ansiosamente. Ficou desapontado e enraivecido porque em nada prevaleceu contra Jesus, nas diferentes maneiras de tentações no deserto. Pensava que se pudesse inspirar o coração do próprio povo de Cristo a descrer de que Ele era o Prometido, poderia desencorajar a Jesus na Sua missão e assegurar os judeus como agentes na execução dos seus propósitos.NDT 67.2
Satanás se aproxima do homem como um anjo de luz, tentando-o, como fez com Cristo. Tem atuado para levar o homem a uma condição de fraqueza física e moral, de maneira que possa facilmente dominá-lo e então triunfar sobre sua ruína. E tem sido bem-sucedido em tentar o homem a condescender com o apetite, a despeito do resultado. Sabe muito bem que é impossível ao homem desincumbir-se de suas obrigações para com Deus e seus semelhantes enquanto enfraquece as faculdades que Deus lhe deu. O cérebro é a capital do corpo. Se as faculdades perceptivas forem entorpecidas por qualquer espécie de intemperança, as coisas eternas não serão discernidas.NDT 68.1