Capítulo 19 — Cristo nossa esperança e exemplo
- Prefácio
- Capítulo 1 — Confronto no deserto
- Capítulo 2 — Adão, Eva e seu lar edênico
- Capítulo 3 — O teste da provação
- Capítulo 4 — Paraíso perdido
- Capítulo 5 — Plano de redenção
- Capítulo 6 — Ofertas de sacrifícios
- Capítulo 7 — Apetite e paixão
- Capítulo 8 — Uma ameaça ao reino de Satanás
- Capítulo 9 — A tentação
- Capítulo 10 — Cristo como segundo Adão
- Capítulo 11 — Os efeitos terríveis do pecado sobre o homem
- Capítulo 12 — A primeira tentação de Cristo
- Capítulo 13 — Significado da prova
- Capítulo 14 — Cristo não operou milagres para si mesmo
- Capítulo 15 — Não discutia com a tentação
- Capítulo 16 — Vitória por meio de Cristo
- Capítulo 17 — A segunda tentação
- Capítulo 18 — O pecado da presunção
- Capítulo 19 — Cristo nossa esperança e exemplo
- Capítulo 20 — A terceira tentação
- Capítulo 21 — Término da tentação de Cristo
- Capítulo 22 — Temperança cristã
- Capítulo 23 — Condescendência própria disfarçada de religião
- Capítulo 24 — Mais do que uma queda
- Capítulo 25 — Saúde e felicidade
- Capítulo 26 — Fogo estranho
- Capítulo 27 — Imprudência presunçosa e fé inteligente
- Capítulo 28 — Espiritismo
- Capítulo 29 — Desenvolvimento do caráter
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Capítulo 19 — Cristo nossa esperança e exemplo
A humilhação e agonizantes sofrimentos de Cristo no deserto da tentação foram em favor da raça humana. Tudo em Adão foi perdido pela transgressão. A única esperança de ser o homem restaurado ao favor de Deus era através de Cristo. O homem se separou de Deus a tão grande distância pela transgressão de Sua lei, que não podia humilhar-se diante de Deus em nenhum grau proporcional à magnitude do seu pecado. O Filho de Deus podia compreender totalmente a gravidade do pecado do transgressor e em Seu caráter sem pecado, unicamente Ele poderia oferecer pelo homem uma expiação aceitável, suportando o sofrimento agonizante do desprazer do Pai. A tristeza e angústia do Filho de Deus pelos pecados do mundo foram proporcionais à Sua excelência e pureza divinas, bem como à magnitude da ofensa.NDT 60.2
Cristo foi nosso exemplo em todas as coisas. Ao vermos Sua humilhação na longa prova e jejum, a fim de vencer a tentação do apetite em nosso benefício, devemos aprender a vencer quando formos tentados. Se o poder do apetite é tão forte sobre a família humana e sua condescendência é tão temível que o Filho de Deus Se submeteu a tal teste, quão importante é que sintamos a necessidade de manter o apetite sob o controle da razão! Nosso Salvador jejuou aproximadamente seis semanas a fim de que pudesse ganhar para o homem a vitória sobre o apetite. Como pode um professo cristão, tendo uma consciência esclarecida e tendo a Cristo diante de si como seu exemplo, submeter-se à condescendência com o apetite, que tem debilitado a mente e o corpo? É fato doloroso que hábitos de satisfação própria às expensas da saúde e poder moral, estão atualmente jogando grande parte do mundo cristão nos laços da escravidão.NDT 60.3
Muitos que professam piedade não examinam razoavelmente o longo período de jejum e sofrimentos de Cristo no deserto. Sua angústia não era tanto pela terrível fome, mas pelo senso do resultado penoso da condescendência com o apetite e paixão, sobre a raça humana. Ele sabia que o apetite seria o ídolo do homem e o levaria a se esquecer de Deus, colocando-se diretamente no caminho de sua salvação.NDT 61.1
Nosso Salvador mostrou perfeita confiança de que Seu Pai celestial não iria deixá-Lo sofrer a tentação acima do que Ele poderia, dando-Lhe força para suportar; e dar-Lhe-ia a vitória se Ele pacientemente enfrentasse a tentação a que estava sujeito. Cristo não colocou a própria vontade em perigo. Deus tolerou que Satanás por algum tempo tivesse este poder sobre Seu Filho. Jesus sabia que se Ele preservasse Sua integridade nesta posição de extrema provação, um anjo de Deus seria enviado para aliviá-Lo, se não houvesse outra maneira. Ele tomou a natureza humana e foi o representante da humanidade.NDT 61.2