Capítulo 15 — Não discutia com a tentação
- Prefácio
- Capítulo 1 — Confronto no deserto
- Capítulo 2 — Adão, Eva e seu lar edênico
- Capítulo 3 — O teste da provação
- Capítulo 4 — Paraíso perdido
- Capítulo 5 — Plano de redenção
- Capítulo 6 — Ofertas de sacrifícios
- Capítulo 7 — Apetite e paixão
- Capítulo 8 — Uma ameaça ao reino de Satanás
- Capítulo 9 — A tentação
- Capítulo 10 — Cristo como segundo Adão
- Capítulo 11 — Os efeitos terríveis do pecado sobre o homem
- Capítulo 12 — A primeira tentação de Cristo
- Capítulo 13 — Significado da prova
- Capítulo 14 — Cristo não operou milagres para si mesmo
- Capítulo 15 — Não discutia com a tentação
- Capítulo 16 — Vitória por meio de Cristo
- Capítulo 17 — A segunda tentação
- Capítulo 18 — O pecado da presunção
- Capítulo 19 — Cristo nossa esperança e exemplo
- Capítulo 20 — A terceira tentação
- Capítulo 21 — Término da tentação de Cristo
- Capítulo 22 — Temperança cristã
- Capítulo 23 — Condescendência própria disfarçada de religião
- Capítulo 24 — Mais do que uma queda
- Capítulo 25 — Saúde e felicidade
- Capítulo 26 — Fogo estranho
- Capítulo 27 — Imprudência presunçosa e fé inteligente
- Capítulo 28 — Espiritismo
- Capítulo 29 — Desenvolvimento do caráter
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Capítulo 15 — Não discutia com a tentação
Jesus não condescendeu em explicar ao Seu inimigo que Ele era o Filho de Deus e como tal, de que maneira devia agir. De modo insultuoso e escarnecedor Satanás se refere à presente fraqueza e aparência decaída de Cristo, em contraste com sua força e glória. Insultava a Cristo como sendo um representante muito pobre dos anjos, quanto menos de seu exaltado Comandante, o reconhecido Rei nas cortes reais, e que Sua presente aparência indicava que Ele estava esquecido de Deus e do homem. Disse que se Cristo fosse na verdade o Filho de Deus, o monarca do Céu, teria poder igual ao de Deus e deveria dar-lhe uma evidência disto aliviando Sua fome mediante a operação de um milagre, transformando em pão a pedra que estava aos Seus pés. Satanás prometeu que se Cristo fizesse isto, ele se submeteria imediatamente às Suas reivindicações de superioridade, e que a luta entre ele e Cristo terminaria para sempre.NDT 50.1
Cristo não deu atenção às insinuações injuriosas de Satanás. Não Se sentiu provocado a dar-lhe provas de Seu poder, mas mansamente suportou os seus insultos sem retaliação. As palavras proferidas do Céu por ocasião do Seu batismo foram preciosas evidências para Ele de que Seu Pai aprovava as pegadas que Ele estava seguindo no plano da salvação, como substituto e fiador do homem. A abertura dos Céus e o descer da pomba celeste eram confirmações de que o Pai uniria Seu poder no Céu ao de Seu Filho na Terra, para socorrer o homem contra o domínio de Satanás, e de que Deus aceitara os esforços de Cristo para ligar a Terra ao Céu, e o homem finito ao infinito Deus.NDT 50.2
Os sinais recebidos do Pai eram expressivamente preciosos para o Filho de Deus, ao longo de todos os Seus severos sofrimentos e o terrível conflito com o comandante rebelde. Enquanto suportava a prova de Deus no deserto e durante todo o Seu ministério, Ele não tinha nada a fazer para convencer a Satanás do Seu poder e de que Ele era o Salvador do mundo. Satanás tinha suficiente evidência de Sua exaltada posição. Sua má vontade em atribuir a Jesus a honra que Lhe era devida e manifestar submissão como um subordinado, desenvolveu-se em rebelião contra Deus e resultou em sua expulsão do Céu.NDT 51.1
Não era parte da missão de Cristo exercer o Seu poder divino em Seu próprio benefício, para aliviá-Lo do sofrimento. Este Ele voluntariamente tomou sobre Si. Condescendeu em tomar a natureza humana e deveria sofrer as inconveniências, doenças e aflições da família humana. Não deveria operar milagres por Sua própria conta; veio para salvar os outros. O objetivo de Sua missão era trazer bênçãos, esperança e vida aos aflitos e opressos. Veio para carregar aflições e os fardos da humanidade sofredora.NDT 51.2
Apesar de Cristo estar sofrendo os agudíssimos tormentos da fome, Ele resistiu à tentação. Expulsou a Satanás com a mesma passagem que Ele tinha dado a Moisés para reiterar ao rebelde Israel quando sua alimentação era escassa e eles clamavam por carne, no deserto: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.”18Mateus 4:4. Nesta declaração e também por Seu exemplo, Cristo mostrava ao homem que a fome por alimento material não era uma grande calamidade que pudesse derrubá-Lo. Satanás insinuou aos nossos primeiros pais que o comer do fruto que Deus proibira iria trazer-lhes grandes vantagens e os tornaria seguros contra a morte, justamente o oposto do que Deus lhes havia declarado: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”19Gênesis 2:17. Se Adão tivesse sido obediente, não teria conhecido a pobreza, a necessidade, nem a morte.NDT 52.1
Se o povo que viveu antes do Dilúvio tivesse obedecido à Palavra de Deus, não teria perecido nas águas diluvianas. Se os israelitas tivessem obedecido à Palavra de Deus, Ele teria derramado sobre eles bênçãos especiais. Mas eles caíram, em conseqüência da condescendência com o apetite e paixão. Não foram obedientes à Palavra de Deus. A condescendência com o apetite pervertido os levou a numerosos e graves pecados. Se eles tivessem considerado primeiramente os reclamos de Deus e depois as suas necessidades físicas em submissão à escolha, por Deus, do alimento apropriado para eles, certamente nenhum deles teria sucumbido no deserto. Teriam sido estabelecidos na boa terra de Canaã, como um povo santo e feliz, sem nenhum indivíduo fraco em todas as suas tribos.NDT 52.2
O Salvador do mundo tornou-Se pecado pela raça humana. Ao tornar-Se substituto do homem, não manifestou Seu poder como Filho de Deus, mas enfileirou-Se entre os filhos dos homens. Deveria suportar a prova da tentação como homem, em favor do homem, sob as mais probantes circunstâncias, e deixar um exemplo de fé e perfeita confiança em Seu Pai celestial. Cristo sabia que o Pai Lhe supriria alimento quando fosse para Sua glória. Nesta severa provação, quando a fome O pressionava além da medida, não diminuiria prematuramente uma partícula da prova que Lhe foi dada, exercendo o Seu divino poder.NDT 53.1
O homem caído, quando colocado em apuros, não tem poder para operar milagres em seu próprio benefício, a fim de salvar-se a si mesmo da dor ou angústia, ou obter vitórias sobre seus inimigos. Era propósito de Deus testar e provar a raça humana e dar-lhe a oportunidade de desenvolver o caráter, levando-a freqüentemente a situações de prova, para testar sua fé e confiança no Seu amor e poder. A vida de Cristo era de uma conduta perfeita. Estava sempre ensinando ao homem, por Sua palavra e exemplo, que ele devia depender de Deus e que nEle deveria depositar sua fé e firme confiança.NDT 53.2
Cristo sabia que Satanás é mentiroso desde o princípio e que requeria muito domínio próprio ouvir as proposições desse enganador insultante sem repreendê-lo imediatamente por causa de sua audaciosa presunção. Satanás estava na expectativa de que o Filho de Deus, em extrema fraqueza e agonia de espírito, dar-lhe-ia uma oportunidade para obter vantagens sobre Ele, provocando-O a empenhar-Se em controvérsia com ele. Deliberou perverter as palavras de Cristo e arrogar vantagem, buscando o auxílio dos anjos caídos a fim de usar todo o seu poder para prevalecer contra Ele e dominá-Lo.NDT 54.1
O Salvador do mundo não tinha controvérsia com Satanás, já expulso do Céu porque não mais merecia ficar lá. Aquele que influenciou os anjos de Deus contra o Seu Supremo Governador e contra Seu Filho, o amado Comandante, e recrutou a simpatia deles para si mesmo, era capaz de qualquer engano. Por quatro mil anos ele tinha estado guerreando contra o governo de Deus e não perdera nada de sua habilidade ou poder para tentar e enganar.NDT 54.2