Loading...
Larger font
Smaller font
Copy
Print
Contents
Um Convite à Diferença - Contents
  • Results
  • Related
  • Featured
No results found for: "".
  • Weighted Relevancy
  • Content Sequence
  • Relevancy
  • Earliest First
  • Latest First
    Larger font
    Smaller font
    Copy
    Print
    Contents

    Capítulo 6—A Resposta Está no Terreno

    NAQUELE MESMO DIA, SAINDO JESUS DE CASA, SENTOU-SE À BEIRA-MAR; E GRANDES MULTIDÕES SE REUNIRAM PERTO DELE, DE MODO QUE ENTROU NUM BARCO E SE ASSENTOU; E TODA A MULTIDÃO ESTAVA EM PÉ NA PRAIA. E DE MUITAS COISAS LHES FALOU POR PARÁBOLAS E DIZIA: “ElS QUE O SEMEADOR SAIU A SEMEAR. E, AO SEMEAR, UMA PARTE CAIU À BEIRA DO CAMINHO, E, VINDO AS AVES, A COMERAM. OUTRA PARTE CAIU EM SOLO ROCHOSO, ONDE A TERRA ERA POUCA, E LOGO NASCEU, VISTO NÃO SER PROFUNDA A TERRA. SAINDO, PORÉM, O SOL, A QUEIMOU; E, PORQUE NÃO TINHA RAIZ, SECOU-SE. OUTRA CAIU ENTRE OS ESPINHOS, E OS ESPINHOS CRESCERAM E A SUFOCARAM. OUTRA, ENFIM, CAIU EM BOA TERRA, E DEU FRUTO: A CEM, A SESSENTA E A TRINTA POR UM. QUEM TEM OUVIDOS PARA OUVIR, OUÇA.”UCD 29.1

    “ATENDEI, VÓS, POIS, À PARÁBOLA DO SEMEADOR. A TODOS OS QUE OUVEM A PALAVRA DO REINO E NÃO A COMPREENDEM, VEM O MALIGNO E ARREBATA O QUE LHES FOI SEMEADO NO CORAÇÃO. ESTE É O QUE FOI SEMEADO À BEIRA DO CAMINHO. O QUE FOI SEMEADO EM TERRENO ROCHOSO, ESSE É O QUE OUVE A PALAVRA E A RECEBE LOGO, COM ALEGRIA, MAS NÃO TEM RAIZ EM SI MESMO, SENDO, ANTES, DE POUCA DURAÇÃO; EM LHE CHEGANDO A ANGUSTIA OU A PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA PALAVRA, LOGO SE ESCANDALIZA. O QUE FOI SEMEADO ENTRE OS ESPINHOS É O QUE OUVE A PALAVRA, PORÉM OS CUIDADOS DO MUNDO E A FASCINAÇÃO DAS RIQUEZAS SUFOCAM A PALAVRA, E FICA INFRUTÍFERA. MAS O QUE FOI SEMEADO EM BOA TERRA É O QUE OUVE A PALAVRA E A COMPREENDE; ESTE FRUTIFICA A CEM, A SESSENTA E A TRINTA POR UM” (MATEUS 13:1-9, 18-23).UCD 29.2

    Uma multidão tinha-se reunido junto ao Mar da Galileia, desejosa de ver e ouvir Jesus. Entre eles estavam muitos doentes, que esperavam ser curados. Era uma alegria para Jesus exercer o Seu direito de os restaurar a uma saúde vibrante.42Parábolas de Jesus, pp. 33, 34UCD 29.3

    Como a multidão se tornava maior e começava a apertá-l’O, Jesus acabou por não ter lugar na praia. Por isso entrou num barco de pesca e pediu aos discípulos que se afastassem um pouco da praia. Sem ser incomodado, então Ele falou à multidão que O ouvia na praia.UCD 29.4

    A planície de Nazaré estendia-se ao longo das margens do lago e, para além dela, elevavam-se as colinas. Nesse dia, tanto na planície como nas encostas das colinas, os trabalhadores estavam ocupados. Alguns estavam ocupados a semear, outros andavam a ceifar o cereal duma sementeira anterior. Jesus, vendo estas actividades, contou a parábola do agricultor/semente.UCD 30.1

    Os judeus dessa época estavam obcecados por um Messias que restabelecesse o seu reino terrestre. Mas Jesus explicou que o reino não seria estabelecido pela força, pela violência ou pelas armas. Ele viria somente quando um novo princípio espantoso encontrasse terreno fértil nas mentes humanas.43IBID., PP. 34, 35UCD 30.2

    Para facilitar a compreensão desta verdade, Jesus apresentou-Se a Si mesmo nesta história, não como um poderoso rei mas como um humilde agricultor a semear. Desse modo, ensinou-lhes que as mesmas leis que controlam a sementeira, o crescimento e a colheita num campo também se aplicam ao desenvolvimento da nossa vida espiritual.44Ibid., P. 35UCD 30.3

    A história deixou a multidão confusa. Despertou o seu interesse, mas também destruiu os seus sonhos. Mesmo os discípulos não compreenderam a lição da parábola. Mais tarde, vieram ter com Jesus em privado e pediram-Lhe uma explicação.45IBID.UCD 30.4

    Nas palavras da promessa feita a Adão e Eva no Éden, Jesus plantou a semente do evangelho. E nas palavras desta parábola Jesus mais uma vez plantou a semente do evangelho. Na história, a semente representa a Palavra de Deus. Todas as sementes contêm vida. E cada palavra vinda de Deus contém vida. Jesus disse: “Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24). A vida de Deus está em cada exigência e promessa da Palavra de Deus. Através d’Ele todas as exigências são realizadas e todas as promessas se tornam realidade. Por isso, receber a Palavra de Deus é receber a vida e o carácter de Deus.UCD 30.5

    Todas as sementes se reproduzem a si mesmas - e só a si mesmas. Se semearmos sementes nas condições adequadas, então a vida específica dessa semente crescerá. Do mesmo modo, se plantarmos as palavras de Deus nas nossas vidas nas condições adequadas, elas produzirão uma vida e um carácter semelhantes à vida e carácter de Deus.46Ibid., p. 40 A filosofia e a literatura seculares, embora brilhantes, não podem fazer isso. Mas quando as palavras de Deus são plantadas na nossa alma, elas desabrocham para a vida, vida eterna.47Ibid., p. 38UCD 30.6

    Reparem que na história o agricultor semeou a sua semente. Jesus ensinava a verdade porque Ele é a verdade. Os Seus pensamentos, carácter e experiência de vida permeavam os Seus ensinos. E o mesmo princípio se aplica sempre que partilhamos a Palavra de Deus com outros. Só podemos ensinar a outros com êxito aquilo que experimentámos. Por isso, antes de partilharmos as boas novas, devemos torná-las nossas por experiência própria.UCD 31.1

    A história do agricultor descreve quatro situações opostas, quatro tipos de lugares em que a semente caiu. Quando o agricultor espalhou a semente à mão, a brisa podia levá-la em todas as direcções, algumas pretendidas e outras não. Jesus contou a história de maneira que os seus ouvintes pudessem compreender que os resultados são determinados exclusivamente pelas condições em que a semente cai.UCD 31.2

    Alguma semente caiu em caminhos pisados e duros. Jesus explicou-o da seguinte maneira: “Uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram” (Mateus 13:4). A semente que caiu no caminho batido é um símbolo da Palavra de Deus que chega a um coração não receptivo. Há muito trânsito neste caminho - tipos de prazer pecaminoso, objectivos de carreira egoístas, hábitos do mundo. O tempo e a atenção são completamente absorvidos, e nenhuma atenção é prestada às palavras que produzem vida.UCD 31.3

    E assim como os pássaros são rápidos a ver e a alimentar-se das sementes espalhadas, assim a tentação vem para desviar a nossa atenção e nos tornar indiferentes. E se essa reacção continuar, em breve o nosso coração se tornará como aquele caminho duro em que as sementes do evangelho foram espalhadas. Deixa de ser receptivo e fica calejado.UCD 31.4

    Jesus continuou: “OUTRA PARTE CAIU EM SOLO ROCHOSO, ONDE A TERRA ERA POUCA, E LOGO NASCEU, VISTO NÃO SER PROFUNDA A TERRA. SAINDO, PORÉM, O SOL, A QUEIMOU; E, PORQUE NÃO TINHA RAIZ, SECOU-SE” (MATEUS 13:5, 6).48IBID., PP. 42-46UCD 32.1

    Se plantarmos algumas sementes numa caixa perto de uma janela ou num recipiente de pedra contendo alguma terra e muitas pedras, vê-las-emos brotar. Mas no calor do dia, se as plantas não tiverem raízes e não puderem obter os nutrientes e a humidade do solo, rapidamente definharão. Isto é um símbolo da reacção de algumas pessoas ao recebimento da Palavra de Deus. Há uma demonstração de interesse, uma aproximação exterior a Deus, mas, tal como o jovem príncipe rico, confiam nas suas próprias boas obras em vez de no poder e força do Senhor. O interesse egoísta continua a ser o princípio activo da vida. Pode haver convicção intelectual, superficialidade de acção, mas não existe qualquer verdadeira convicção no coração, o que significa que, em breve, nada restará.UCD 32.2

    Lembram-se das reacções de Mateus ao ouvir as palavras de Jesus? Analisou o convite, avaliou o preço a pagar e, sem demora, levantou-se, deixou tudo, e O seguiu. Mas a semente que cai em “lugares rochosos” representa aqueles que agem sem pensar. Não avaliam o preço a pagar; actuam impulsivamente. Não fazem uma entrega completa ao Senhor Jesus nem decidem viver a vida que Ele oferece. Contentam-se em viver de aparências exteriores sem fazer mudanças nos seus hábitos destrutivos.49IBID., PP. 46, 47UCD 32.3

    E o quente sol de Verão, que fortalece e amadurece as plantas saudáveis, destrói as plantas que não têm raízes. Algumas pessoas aceitam o evangelho como uma saída para dificuldades pessoais em vez de uma libertação do pecado. Sentem-se felizes durante um tempo, pensando que a religião vai resolver os seus problemas. E enquanto a vida se desenrola calmamente, parecem ser cristãos sinceros e fortes. Mas vacilam quando enfrentam a primeira tentação de fogo.50IBID.UCD 32.4

    O amor é o princípio do governo de Deus, e deve ser o fundamento do carácter cristão. Nenhuma outra coisa nos pode dar o poder para vencer as provas e tentações.51Ibid., p. 49 E esse amor revela-se no sacrifício. O plano da redenção nasceu em sacrifício, e o sacrifício amoroso de Deus é imenso. Jesus deu tudo por nós, e aqueles que O recebem estarão dispostos a sacrificar tudo por Ele.UCD 32.5

    Jesus disse, “Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram” (Mateus 13:7). Não se consegue ter uma colheita de trigo entre ervas daninhas e espinhos. E as sementes do amor de Deus só conseguem desenvolver-se quando aquilo que de outro modo “cresce naturalmente” é arrancado, permitindo que a graça de Deus seja o princípio activo da vossa vida. Enquanto for permitido ao Espírito Santo trabalhar, os nossos caracteres serão refinados, e teremos força para arrancar os hábitos que são contrários à vontade de Deus. Aceitar Jesus deve ser seguido por imitar o Seu exemplo. É um processo a que a Bíblia chama santificação. Os dois devem sempre ir juntos.UCD 33.1

    Jesus foi muito específico ao nomear os factores que nos podem impedir de crescermos n’Ele. Um dos factores é identificado como “os cuidados do mundo”. Isto aplica-se a todas as pessoas, seja qual for a sua situação social. Os pobres temem não ser capazes de suprir as suas necessidades básicas. Os ricos temem perder o que acumularam. Os medos que todos sentimos acerca de segurança deveriam levar-nos Àquele que prometeu suprir todas as nossas necessidades, porque Ele cuida de nós. Não importa onde trabalhemos ou onde passamos o nosso tempo, podemos ficar tão absorvidos nas coisas seculares que expulsamos das nossas vidas as coisas essenciais para o crescimento da semente da Palavra de Deus - tempo para meditar sobre Deus e o Céu, tempo para orar, tempo para estudar as Escrituras, tempo para buscar e servir a Deus. O ruído do mundo é mais forte do que a voz do Espírito de Deus.UCD 33.2

    Em seguida, Jesus falou sobre a falácia das riquezas. Em vez de considerar a riqueza como um dom a ser usado para glória de Deus e para ajudar outros, ela pode ser usada como um meio de promoção do eu. Nesse caso, em vez de desen volvermos o altruísmo de Deus, desenvolvemos o egoísmo de Satanás.52IBID., PP. 49-52UCD 33.3

    Depois Jesus falou sobre “os prazeres da vida.” Ele não queria dizer que não devemos passar um bom bocado. (Na verdade, Ele começou o Seu ministério na Palestina numa festa de casamento e não hesitou em estar presente em reuniões sociais como as de Mateus e de Simão.) Em vez disso, aqui Jesus fala do perigo daqueles tipos de diversão que afastam o nosso afecto d’Ele. Ele condena os hábitos que diminuem a nossa força física, embotam as nossas mentes e obscurecem as nossas percepções espirituais - coisas essas que, todas elas, fazem definhar o crescimento espiritual.UCD 34.1

    O agricultor, continuou Jesus, nem sempre fica desapontado. Por vezes, a semente cai em boa terra, e ele faz uma bela colheita. “Mas a que foi semeada em boa terra, esse é o que ouve a palavra e a entende” (Mateus 13:23). Isto não se refere a um coração sem pecado, porque o evangelho deve ser pregado aos perdidos. Na verdade, o coração honesto refere-se àquele que se submete à convicção do Espírito Santo. Confessa a sua culpa; sente a necessidade da graça e do amor de Deus. A pessoa que recebe as Escrituras como sendo a voz de Deus, é o verdadeiro aluno. Anjos de Deus aproximam-se daqueles que humildemente procuram a orientação divina.53IBID., PP. 58, 59UCD 34.2

    Se os nossos corações se tornarem o “terreno bom”, escolheremos encher a nossa mente com pensamentos elevados, pensamentos puros. Jesus viverá em nós, produzindo o bom fruto da obediência e das boas obras. Os nossos problemas e dificuldades ajudar-nos-ão a tornar-nos mais semelhantes a Cristo até que busquemos a vida eterna de todo o nosso coração, mesmo que o preço a pagar seja a perda, a perseguição ou a própria morte.54IBID., PP. 60, 61UCD 34.3

    Ao longo de toda a história do agricultor, Jesus mostrou que os diferentes resultados da sementeira dependiam da receptividade do solo. Em cada caso o agricultor é o mesmo, e a semente é a mesma. Assim, se a Palavra de Deus não prospera nas nossas vidas, o problema está em nós mesmos. Os resultados estão sob o nosso controlo. É verdade que não podemos mudar-nos a nós mesmos; mas temos a capacidade de escolher, e assim determinamos o que viremos a ser. Se a nossa experiência tem sido a de um caminho batido ou a de um campo pedregoso, de espinhos e ervas daninhas, não tem forçosamente de continuar assim.55IBID., P. 53-56UCD 34.4

    O Espírito de Deus está pronto a destruir os velhos moldes e a dar-te uma nova vida se permitires que o teu coração seja “terreno bom”, um ouvinte e um praticante da Sua Palavra.UCD 35.1

    Quando a semente da Sua Palavra ganhar raízes fundas no fértil solo do teu coração, produzirá fruto! Através da invisível união da tua vida com Jesus, pela fé, a tua vida espiritual pode florescer. Quando Jesus semeia as sementes das boas novas no teu coração, a colheita é alegria - alegria para ti, alegria para todo o Céu!56IBID., P. 47UCD 35.2

    Larger font
    Smaller font
    Copy
    Print
    Contents