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    6 - Cristo, o Fim da Lei

    E. J. WaggonerESF 80.1

    Em Romanos 10:4 lemos o seguinte: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”. Antes de mostrar o que esse texto significa, seria bom mostrar brevemente o que ele não significa. Não significa que Cristo pôs fim à lei, pois: (1) o próprio Cristo disse a respeito da lei: “Não vim para revogar” (Mateus 5:17); (2) o profeta disse que, em vez de destruí-la, o Senhor iria “engrandecer a lei e fazê-la gloriosa” (Isaías 42:21); (3) a lei estava no coração de Cristo: “Então, Eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a Meu respeito; agrada-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; dentro do Meu coração, está a Tua lei. (Salmos 40:7-8); e visto que (4) a lei é a justiça de Deus, o fundamento do Seu governo, não haveria qualquer possibilidade de ela ser abolida (ver Lucas 16:17).ESF 80.2

    O leitor deve saber que a palavra “fim” não significa necessariamente “término”. Ela é frequentemente usada no sentido de desígnio, objetivo, propósito. Em 1 Timóteo 1:5, o mesmo escritor diz: “Ora, o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (ARC). A palavra traduzida aqui como “caridade” é frequentemente traduzida como “amor”, e assim a Almeida Revista e Atualizada a traduziu nesse verso. Em 1 João 5:3 lemos: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos”. E o próprio Paulo afirma que “o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13:10). Nesses dois versos, ele usa a mesma palavra (ágape) que ocorre em 1 Timóteo 1:5. Logo, podemos dizer que esse texto significa que o propósito do mandamento (ou lei) é que ele seja cumprido. Todos vão reconhecer que temos aqui um fato autoevidente.ESF 80.3

    Mas esse não é o propósito final da lei. No verso seguinte ao que estamos considerando, Paulo cita Moisés como tendo dito a respeito da lei que “o homem que fizer estas coisas viverá por elas” (Romanos 10:5, ARC). Cristo disse ao jovem rico: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mateus 19:17). Portanto, visto que o propósito da lei era que fosse guardada, ou, em outras palavras, que produzisse caráter justo – e a promessa é que aqueles que são obedientes viverão –, podemos dizer que o propósito final da lei era dar vida. As palavras de Paulo estão em harmonia com esse pensamento, quando disse que o mandamento “era para a vida” (Romanos 7:10, ARC).ESF 81.1

    Mas “todos pecaram e carecem da glória de Deus”, e “o salário do pecado é a morte” (Romanos 3:23; 6:23). Logo, é impossível que a lei cumpra seu desígnio em produzir caráter perfeito e, consequentemente, é impossível que ela conceda vida. Quando uma pessoa transgride a lei uma vez, nenhuma obediência subsequente jamais poderá tornar seu caráter perfeito. Portanto, a lei que era para a vida se torna “para morte” (Romanos 7:10).ESF 81.2

    Se parássemos nesse ponto com o fato de que a lei é incapaz de cumprir seu propósito, deixaríamos o mundo inteiro sob a condenação e sentença de morte. Veremos, porém, que Cristo capacita homens e mulheres a garantir para si tanto a justiça quanto a vida. Lemos que somos “justificados gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:24). “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1). Mais do que isso, Ele nos capacita a guardar a lei, pois “Ele [Deus] O fez [Cristo] pecado por nós; para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). Em Cristo, portanto, é possível nos tornarmos perfeitos – sermos “feitos justiça de Deus”, e é justamente isso o que nós nos teríamos tornado mediante obediência constante e permanente da lei.ESF 81.3

    Lemos ainda:ESF 82.1

    “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. [...] Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:1-4, ARC).ESF 82.2

    O que a lei não podia fazer? Ela não poderia libertar da condenação nem sequer uma alma culpada. Por que não? Porque ela estava “enferma pela carne”. Não há elemento algum de fraqueza na lei; a fraqueza está na carne. Não é culpa da melhor ferramenta que seja se ela não consegue produzir uma coluna sólida a partir de uma madeira apodrecida. A lei não estava em condições de purificar o registro passado de uma pessoa e deixá-la sem pecado; e o ser humano, pobre e caído, não tinha em sua carne nenhuma força que o capacitasse a guardar a lei. É por isso que Deus imputa aos crentes a justiça de Cristo, o qual Se tornou “em semelhança da carne do pecado” (ARC), ou “em semelhança de carne pecaminosa” (ARA)3Ver nota na página 107., a fim de que “a justiça da lei se cumprisse” na vida deles. Dessa forma, Cristo é o fim da lei.ESF 82.3

    Então, para concluir, verificamos que o propósito da lei era que ela desse vida por causa da obediência. Todos pecaram e foram sentenciados à morte. Mas Cristo tomou sobre Si a natureza humana e comunicará Sua própria justiça àqueles que aceitam Seu sacrifício; e, finalmente, quando eles, por Seu intermédio, se forem praticantes da lei, Ele cumprirá, em favor deles, Seu objetivo final: coroá-los com a vida eterna. Por isso repetimos que é impossível apreciar em demasia o fato de que Cristo “Se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Coríntios 1:30).ESF 82.4

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