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    Gálatas 5:16-18

    A. T. Jones & E. J. Waggoner

    “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.”ESF 151.3

    “Se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei”, “pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14). Como filhos de Deus, eles têm a mente do Espírito, a mente de Cristo, e, assim, com a mente eles servem a lei de Deus (cf. Romanos 7:25). Consequentemente, todo aquele que é guiado pelo Espírito de Deus – e tem, portanto, a mente de Cristo – cumpre a lei, pois por meio desse Espírito “o amor de Deus [é] derramado em nosso coração” (Romanos 5:5), amor este que, em si mesmo, é “o cumprimento da lei” (Romanos 13:10) em todo aquele que o tem.ESF 151.4

    Por outro lado, todo aquele que é guiado pela carne, possuindo, portanto a mente carnal, pratica as obras da carne e, dessa forma, serve a lei do pecado.ESF 152.1

    E os dois caminhos, o caminho do Espírito e o caminho da carne, estão sempre abertos diante de todos. E, tão certo quanto a carne está ali, ela “milita contra o Espírito”; e tão certo quanto o Espírito está ali, Ele “[milita] contra a carne”. A pessoa que é guiada pela carne não pode realizar o bem que gostaria. Ela serve à lei do pecado e, por essa razão, está sob a lei. Mas os que são “guiados pelo Espírito, não [estão] sob a lei”.ESF 152.2

    Todo ser humano terá sempre a liberdade de escolher qual será seu caminho – o caminho do Espírito ou o caminho da carne. “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Romanos 8:13).ESF 152.3

    Observem que, no texto de Gálatas que estamos analisando e nos textos correlatos em Romanos e também em Colossenses, é declarado literalmente e destacado constantemente o fato de que a carne, em sua verdadeira natureza carnal e pecaminosa, ainda está presente com aquele que tem o Espírito de Deus e que essa carne milita contra o Espírito.ESF 152.4

    Em outras palavras, quando uma pessoa se converte e dessa forma se coloca sob o poder do Espírito de Deus, ela não é liberta da carne, de tal forma que fique completamente separada dela, com suas tendências e desejos, a ponto de não mais ser tentada pela carne e não mais ter que lutar contra ela. Não. A mesma carne degenerada e pecaminosa está lá com as mesmas tendências e desejos. Mas o indivíduo não está mais sujeito a tudo isso. Ele é liberto da sujeição à carne, com suas tendências e desejos, e agora se encontra sujeito ao Espírito. Ele está agora sujeito a um poder que vence, subjuga, crucifica e mantém sob controle a carne, pecaminosa como é, com todas as suas paixões e desejos pecaminosos. Portanto, é por isso que está escrito que, “pelo Espírito” nós mortificamos “os feitos do corpo” (Romanos 8:13). “Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria” (Colossenses 3:5, ARC). Observem que todas essas coisas estão ali na carne e viveriam e reinariam se a carne tivesse a permissão de dominar. Mas visto que a carne é colocada em sujeição ao poder de Deus, pelo Espírito, todas essas coisas más são mortas pela raiz e, dessa forma, impedidas de aparecer na vida.ESF 152.5

    Esse contraste entre o domínio da carne e o domínio do Espírito é claramente mostrado em Romanos 7:14-24 e em 1 Coríntios 9:26-27. O capítulo 7 de Romanos retrata o homem que se encontra sob o poder da carne, o homem “carnal, vendido à escravidão do pecado”, que anseia fazer o bem, que quer fazer o bem, mas está sujeito a um poder na carne que não lhe permite fazer o bem que ele quer. “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”. “Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, NOS MEUS MEMBROS, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Essa é a descrição do homem que está sujeito à carne, à “lei do pecado” que está nos membros. E quando ele deseja romper com o poder da carne e quer fazer o bem, esse poder ainda o mantém em escravidão e o segura sob o domínio da carne – da lei do pecado – que está em seus membros.ESF 153.1

    Mas há libertação desse poder. Portanto, quando ele clama: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”, a resposta vem em seguida: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 7:25). Esse é o caminho da libertação, pois somente Cristo é o Libertador.ESF 153.2

    Esse homem, agora, embora liberto por Cristo, não está liberto de UM COMBATE: ele não é colocado num estado em que não tenha mais que lutar contra a carne. Há uma luta a ser travada, e não é uma batalha de faz de conta. Não é a luta contra um fantasma. A luta desse homem é descrita em 1 Coríntios 9:26-27: “Assim luto, não como desferindo golpes no ar”. Contra o que ele luta? O que ele esmurra? Vamos ler: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.ESF 153.3

    Assim, a luta que o cristão precisa travar é contra seu corpo, é contra a carne com suas paixões e concupiscências. O cristão precisa manter o corpo em sujeição ao novo poder, o poder do Espírito de Deus, ao qual ele está agora sujeito e do qual ele se tornou súdito quando foi liberto do poder da carne e da lei do pecado.ESF 154.1

    A frase “esmurrar o corpo”, em 1 Coríntios 9:27, no original grego é bem expressiva. Ela significa, literalmente, “golpear em baixo dos olhos, atingir, bater na face e deixá-la coberta de hematomas”. Fiel a essa ideia, Conybeare e Howson traduzem esse texto dessa forma: “Assim luto, não como um pugilista desferindo golpes contra o ar, mas machuco meu corpo e o forço a se manter em escravidão”.ESF 154.2

    Portanto, o capítulo 7 de Romanos mostra o homem sujeito ao poder da carne e da lei do pecado que está em seus membros, mas ansioso por libertação. O capítulo 9 de 1 Coríntios mostra a carne sujeita ao homem por meio do novo poder do Espírito de Deus. Em Romanos 7, a carne está no controle e o homem está subjugado. Em 1 Coríntios 9, o homem está no controle e a carne está subjugada.ESF 154.3

    Essa bendita inversão das coisas é operada na conversão. Mediante a conversão, o homem é posto em posse do poder de Deus e é colocado sob o domínio do Espírito de Deus, de maneira que, por meio desse poder, ele adquire a supremacia sobre a carne, com todas as suas paixões e desejos pecaminosos, e, pelo Espírito, crucifica a carne com essas paixões e desejos pecaminosos ao travar o “bom combate da fé” (1 Timóteo 6:12).ESF 154.4

    As pessoas não são salvas por alcançarem plena libertação da carne, mas por receberem poder para vencer e dominar todas as más tendências e desejos da carne. Ninguém desenvolve caráter – de fato, tal nunca seria possível – por ser transportado a um ambiente sem a possibilidade de tentação, mas, sim, por receber poder para vencer toda tentação, exatamente no campo da tentação em que a pessoa se encontra.ESF 154.5

    Se as pessoas tivessem que ser salvas mediante libertação completa da carne, tal como a temos, então Jesus jamais precisaria ter vindo ao mundo. Se as pessoas tivessem que ser salvas mediante libertação de toda tentação ao serem colocadas num terreno isento de tentação, então Jesus não precisaria ter vindo ao mundo. Com esse tipo de libertação, ninguém nunca seria capaz de desenvolver caráter. Então, em vez de tentar salvar as pessoas por meio de plena libertação da carne – sendo que a carne é exatamente onde as pessoas se encontram – Jesus veio ao mundo e Se colocou NA CARNE, exatamente onde nos encontramos, e enfrentou essa carne, TAL COMO É, com todas as suas tendências e desejos;16Ellen White afirma claramente que “[Cristo] é um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem pecado, Sua natureza recuava do mal” (Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 201). Ver nota na página 107. e, pelo poder divino que Ele trouxe17“Cristo veio para revelar a fonte de Seu poder, a fim de que o homem não confiasse jamais em suas capacidades humanas desajudadas” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 408, grifo acrescentado). pela fé, Ele “condenou o pecado na carne” (Romanos 8:3, ARC), trazendo, assim, a toda a humanidade a divina fé que traz o poder divino ao homem, a fim de livrá-lo do poder da carne e da lei do pecado, exatamente onde ele está, e para dar-lhe domínio garantido sobre a carne, tal como ela é.ESF 154.6

    Em vez de Jesus tentar salvar os homens de um modo que os deixaria sem firmeza de caráter, por deixá-los num terreno isento de tentação, Ele alcançou o ser humano exatamente onde este se encontrava, em meio a todas as suas tentações. Jesus assumiu a própria carne que o ser humano possui,18Ver nota na página 97. e nessa carne enfrentou todas as tentações conhecidas dessa carne, e venceu cada uma delas; e, por essa conquista, trouxe vitória a cada pessoa deste mundo. Bendito seja Seu nome.ESF 155.1

    E toda pessoa que receber e guardar “a fé de Jesus” pode ter essa vitória em sua plenitude; pois “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5:4).ESF 155.2

    Advent Review and Sabbath Herald, 18 de setembro de 1900ESF 155.3

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