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Daniel e Apocalipse - Contents
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    Apocalipse 15 — As sete últimas pragas

    Este capítulo introduz as sete últimas pragas, uma manifestação da ira celeste sem mistura, em medida cheia, sobre a última geração de ímpios. A obra de misericórdia, então, terá ficado para sempre no passado.DAP 501.1

    VERSÍCULO 1. Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus. 2. Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em no mar de vidro, tendo harpas de Deus; 3. e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações! 4. Quem não temerá e não glorificará o Teu nome, ó Senhor? Pois só Tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de Ti, porque os Teus atos de justiça se fizeram manifestos. 5. Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no Céu o santuário do tabernáculo do Testemunho, 6. e os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro. 7. Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos. 8. O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do Seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos.DAP 501.2

    Uma cena preparatória. Assim diz todo o capítulo 15. Por meio dele, somos levados de volta a uma nova série de acontecimentos. O capítulo inteiro é apenas uma introdução aos mais terríveis juízos do Todo-Poderoso que já afligiram ou afligirão a Terra em seu estado presente, a saber, as sete últimas pragas, ou flagelos. O máximo que contemplamos aqui é um preparativo solene para o derramamento dessas taças sem mistura. O versículo 5 mostra que essas pragas caem após o fim da ministração no santuário, pois o templo se abre antes que sejam derramadas. São entregues à responsabilidade de sete anjos, e eles se encontram vestidos de linho puro e branco, um emblema adequado da pureza da retidão e justiça divina ao infligir esses juízos. Eles recebem essas taças de um dos quatro animais ou seres viventes. Demonstrou-se (ver os comentários do capítulo 4) que esses seres viventes são uma classe de assistentes de Cristo em Sua obra no santuário. Que apropriado, então, que sejam eles a entregar aos ministros da vingança as taças da ira a serem derramadas sobre aqueles que fizeram pouco caso da misericórdia de Cristo, abusaram de Sua longanimidade, desprezaram Seu nome e O crucificaram novamente na forma de tratar Seus seguidores! Enquanto os sete anjos estão desempenhando essa temível missão, o templo se enche da glória de Deus e ninguém — οὐδεὶς (oudeis), ninguém, nenhum ser, se referindo a Cristo e Seus assistentes celestiais — podia entrar ali. Isso mostra que a obra de misericórdia se encerrou, uma vez que não ocorre ministração no santuário durante as pragas. Logo, são manifestações da cólera de Deus sem mistura de misericórdia.DAP 501.3

    O povo de Deus é lembrado. Nessa cena, o povo de Deus não é esquecido. O profeta recebe permissão para se antecipar um pouco nos versículos 2-4 e contemplar os santos sobre o mar de vidro, como se estivesse misturado com fogo, ou cintilando e reluzindo com a glória de Deus, cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro. O mar de vidro, sobre o qual esses vitoriosos se encontram, é o mesmo que recebe destaque em Apocalipse 4:6, o qual se encontrava perante o trono no Céu. Como não há nenhuma evidência de mudança de localização, e os santos são vistos sobre ele, temos aqui prova indubitável, em conexão com Apocalipse 14:1-5, de que os santos foram levados para o Céu a fim de receber a porção de sua recompensa. Assim, como o sol brilhante que irrompe através da nuvem negra, é apresentada uma cena ou feita uma promessa aos humildes seguidores do Cordeiro bem na hora da provação, como que para garantir ou relembrar o amor e o cuidado de Deus por eles, bem como a certeza de sua recompensa final. Sem dúvida, as palavras do profeta estão entre as declarações verdadeiras de Deus: “Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas ações”; mas “ai do perverso! Mal lhe irá; porque a sua paga será o que as suas próprias mãos fizeram” (Isaías 3:10-11).DAP 502.1

    O cântico que os vitoriosos entoam, o cântico de Moisés e do Cordeiro, expresso aqui em síntese nas palavras “Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!”, é um cântico de infinita grandeza. Que termos mais abrangentes! Quão sublime é seu tema! Apela às obras de Deus, que são uma manifestação de Sua glória. Com visão imortal, os santos serão capazes de compreendê-las de uma maneira que não conseguem aqui. Todavia, a astronomia revela o bastante para encher todos os corações de admiração. Nosso pequeno mundo está a 150 milhões de quilômetros de distância do nosso sol; o sol seguinte mais próximo fica a 30 bilhões de quilômetros. Chegamos então até a grande e dupla estrela polar, cuja luz, em seu voo elétrico a 300 mil quilômetros por segundo, leva 40 anos para chegar ao nosso mundo. A viagem continua por sistemas, grupos e constelações, e chegamos à grande estrela Alcione, nas Plêiades, que brilha com a potência de 12 mil sóis como o nosso! Quão grandioso, então, deve ser o grande centro em torno do qual giram essas miríades de órbitas reluzentes! Pode muito bem se levantar o cântico: “Grandes e admiráveis são as Tuas obras”. Mas a canção também aborda outra área — o campo da providência e da graça divina: “Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!” Toda a conduta de Deus com Suas criaturas aos olhos dos remidos e aos olhos de todos os mundos será para sempre vindicada. Após toda nossa cegueira, todas as nossas perplexidades, todas as nossas provações, seremos capazes de exclamar afinal, na exuberância da alegria e plena satisfação: “Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!”DAP 502.2