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    11. O Sétimo Anjo

    Acreditava-se que o sétimo anjo, o último dos sete anjos com trombetas, era o mesmo que tinha a “última trombeta”, que despertará os justos mortos. Mas muitos entre os adventistas, naquela época, estavam adotando uma visão diferente sobre a questão, que será descrita aqui: os primeiros seis anjos com trombetas eram símbolos, e cada um representava um período de tempo, durante o qual vários eventos ocorreram. Sendo assim, o sétimo anjo não seria também um símbolo, representando um período de tempo durante o qual vários eventos ocorreriam?MH 171.1

    As cenas mencionadas pelo apóstolo em referência à última trombeta, acontecem “num momento, num abrir e fechar de olhos”. Mas não é assim com os eventos relacionados ao som da trombeta do sétimo anjo. “Mas nos dias da voz do sétimo anjo”, é o testemunho de Apocalipse 10:7. Uma vez que todo o capítulo tem relação direta com o assunto do grande movimento do advento, conforme simbolizado pelas três mensagens de Apocalipse 14, farei aqui alguns breves comentários sobre sua aplicação.MH 171.2

    E vi outro anjo forte, que descia do Céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o rosto era como o sol, e os pés, como colunas de fogo; e tinha na mão um livrinho aberto e pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra; e clamou com grande voz, como quando brama o leão; e, havendo clamado, os sete trovões fizeram soar as suas vozes. E, sendo ouvidas dos sete trovões as suas vozes, eu ia escrevê-las, mas ouvi uma voz do Céu, que dizia: Sela o que os sete trovões falaram e não o escrevas. E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a mão ao Céu e jurou por Aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o Céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora [ou “tempo”, conforme a KJV].MH 171.3

    Quero chamar a atenção, brevemente, na citação acima, para os seguintes pontos:MH 171.4

    1. De maneira muito solene, o anjo jurou que não haveria mais tempo. Isso não significa que, com o juramento do anjo, o tempo, medido por dias, meses e anos, cessaria, pois o próximo verso fala dos “dias” da voz do sétimo anjo. Além disso, a partir do segundo advento de Cristo e da ressurreição dos justos, há um período de mil anos, que dura até a ressurreição dos ímpios. Com efeito, enquanto a Terra, o Sol e a Lua durarem e continuarem a girar, haverá dias, meses e anos. Não há evidências bíblicas de que esses corpos celestes deixarão de existir. O juramento do anjo, portanto, deve se referir ao tempo profético.MH 171.5

    2. Ao jurar a respeito do tempo, o anjo tem na mão um livro aberto. Pode-se inferir, com base nessa linguagem, que esse livro esteve fechado em algum momento. Isso é verdade quanto ao livro de Daniel. “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo [tempo do fim, ARA]; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência [o saber, ARA] se multiplicará” (Daniel 12:4). O livro deveria permanecer selado até o tempo do fim, quando deveria, então, ser aberto. Com isso, o conhecimento sobre o assunto tratado no livro aumentaria, e muitos correriam de uma parte para outra, dentro das Escrituras, e obteriam conhecimento sobre ele. Se esse livro que está aberto na mão do anjo representa o livro, também aberto, de Daniel, a aplicação desse solene juramento à maneira como o encerramento do tempo profético foi proclamado, em 1844, é muito convincente.MH 172.1

    O juramento desse anjo deve ser considerado como um símbolo de uma mensagem muitíssimo solene e positiva, proclamada pelos servos de Deus. O pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra representam o alcance da mensagem, e mostram que ela deveria ser levada às pessoas pelo mar e pela terra. O profeta continua:MH 172.2

    Mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta [começar a tocar, KJV], cumprir-se-á [será terminado, KJV], então, o mistério de Deus, segundo Ele anunciou aos Seus servos, os profetas (Apocalipse 10:7).MH 172.3

    Por que apresentar o sétimo anjo desse modo, a menos que o sonido de sua trombeta começasse com o término do tempo profético? Seu sonido deveria durar por um período de dias, provavelmente proféticos, o que significaria anos. No começo do sonido, ou durante a primeira parte do período de seu sonido, o mistério de Deus deveria se cumprir, ou terminar. Esse mistério é o evangelho, mencionado com especial referência aos meios pelos quais suas bênçãos são garantidas às nações da Terra. É algo que, antes dos dias dos apóstolos, e mesmo desde a fundação do mundo, não foi dado a conhecer da maneira como foi revelado aqui (ver Romanos 16:25, 26; Efésios 3:3-5). Sabia-se que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente e que, em Abraão e em sua semente, todas as nações da Terra seriam abençoadas. Mas não se sabia a forma com que isso se cumpriria, até chegar mais revelação sobre esse mistério, por ocasião do primeiro advento do Salvador, e da apresentação de Seus princípios através da pregação de Seus apóstolos. Antes disso, não se havia percebido que, quando o Redentor fosse manifestado ao mundo, todas as paredes de separação seriam derribadas, todas as diferenças seriam obliteradas, e, judeus e gentios, homens e mulheres, servos e livres, seriam iguais e igualmente abençoados através Dele. Por isso, Paulo apresenta como característica distintiva do mistério de Deus o fato de que “os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho”, e de que, em Cristo, todos poderão ser unidos em um corpo (Efésios 3:6; 1:9, 10). Assim, definimos de maneira mais plena o mistério de Deus como sendo o grande plano da salvação, centralizado na obra de Cristo e revelado no Novo Testamento. Ver também Efésios 6:19; Colossenses 4:3; Gálatas 1:11, 12. Comparar com Efésios 3:3.MH 172.4

    O término do ministério de Deus consiste no encerramento do grande plano da salvação, evento ligado ao ministério de Cristo no santuário celestial. No tipo, o ciclo anual de serviços se encerrava no décimo dia do sétimo mês. No antítipo, Cristo entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, no fim dos 2.300 dias, para completar o grande plano da salvação. O mistério de Deus deveria ser encerrado, como Ele havia declarado pelos Seus servos, os profetas. A purificação do santuário, mencionada pelo profeta Daniel, é mais uma expressão utilizada para representar o término do mistério de Deus. Assim, o sétimo anjo começou a fazer soar sua trombeta ao se encerrarem os 2.300 dias, em 1844, quando a purificação do santuário, ou o término do mistério de Deus, teve seu início.MH 173.1

    Uma série de eventos, que deveria ocorrer durante o sonido da trombeta do sétimo anjo, é mencionada no capítulo 11 de Apocalipse. Depois do anúncio da sétima trombeta (Apocalipse 11:15-17), momento em que todos os reinos da Terra devem vir a ser do Rei dos reis – um evento que interessa à Terra e ao Céu e demanda a gratidão dos bondosos de ambos os mundos –, os eventos são apresentados da seguinte maneira:MH 173.2

    1. “E iraram-se as nações”. Essa deve ser uma referência às comoções políticas e às guerras das nações, que os profetas de Deus têm descrito como indicativos do encerramento do tempo de graça.MH 174.1

    2. “E veio a Tua ira”. Isso se refere às sete últimas pragas, que serão derramadas imediatamente após o ministério de Cristo no santuário celestial.MH 174.2

    3. “E o tempo dos mortos, para que sejam julgados”. Este não é o juízo investigativo dos justos, pois ele termina com o ministério de Cristo no santuário celestial. Trata-se aqui do juízo dos ímpios mortos. Somos, portanto, conduzidos, neste terceiro evento, até o tempo do aparecimento de Cristo nas nuvens do céu, e da ressurreição dos justos, quando Ele e os salvos sentarão para julgar os casos dos ímpios durante os mil anos.MH 174.3

    4. “E o tempo de dares o galardão aos profetas, Teus servos, e aos santos, e aos que temem o Teu nome, a pequenos e a grandes”. É verdade que todos esses recebem a imortalidade na segunda vinda de Cristo, no começo desse grande período de julgamento. Mas sua recompensa consiste na herança prometida, a Nova Terra, a qual não aparecerá antes do término dos mil anos. “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra”. Então, ao terminarem os mil anos, os profetas, os santos e todos os que temem o nome de Deus, pequenos e grandes, receberão sua plena recompensa.MH 174.4

    5. “E o tempo de destruíres os que destroem a Terra”. Este também é o momento da aniquilação final dos inimigos de Deus, que participaram da destruição, ou corrupção, da terra. E aqui termina o sonido do sétimo anjo, ou o terceiro ai. O profeta ainda continua:MH 174.5

    E a voz que eu do Céu tinha ouvido tornou a falar comigo e disse: Vai e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra. E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. E tomei o livrinho da mão do anjo e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo (Apocalipse 10:8-10).MH 174.6

    Nessa porção figurativa da profecia, João, ao receber o livrinho da mão do anjo, representa os que receberam a doutrina sobre a vinda do reino de Cristo, conforme proclamada em associação com o tempo, com base na profecia de Daniel. Comer o livrinho e apreciar sua doçura representa o deleite santo que as pessoas desfrutaram ao aceitarem o evangelho da vinda do reino. No símbolo, o livrinho na boca de João era doce como mel. “O que é mais doce que o mel?” Em que mais poderia se regozijar a alma consagrada, imbuída do amor de Jesus, senão nas novas de Sua breve volta em glória, com todos os santos anjos, para redimir os que amaram e esperaram Seu aparecimento?MH 174.7

    Mas o símbolo apresenta uma mudança: a doçura do mel se transforma em amargura. Isso representa a transformação da alegria da brilhante esperança na dolorosa tristeza do desapontamento, vivenciada pelos crentes por ocasião da passagem do tempo. A esperança e a fé tinham sido, para eles, uma âncora na tempestade, um escudo na batalha, e um motivo de grande alegria por todo o dia. E, ao se aproximarem da razão de sua esperança, suas expectativas ficaram ainda mais brilhantes, sua fé se fortaleceu e suas alegrias ficaram completas. O tempo passou, e somente os que experimentaram aquele desapontamento podem ter ideia da amargura que ele representou. É provável que nunca tenha havido um tempo, desde a crucifixão, em que as grandes expectativas e as brilhantes esperanças dos discípulos de Jesus tenham sido tão esmagadas quanto na passagem do tempo, em 1844. E os sentimentos dos milhares de desapontados foram como aqueles expressos por Maria: “Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram”.MH 175.1

    Entretanto, logo após aquele desapontamento experimentado pelos crentes, um grande alívio foi trazido pela posição de que haveria um período de espera pelo Senhor, e de prova de fé. E, com isto, veio também a impressão geral de que, nosso trabalho, de dar testemunho ao mundo, havia terminado. O solene anúncio da hora do Juízo de Deus, contido na primeira mensagem de Apocalipse 14, tinha sido proclamado. O comovente testemunho sobre a condição daqueles que rejeitaram essa mensagem, e ainda se apegavam ao cristianismo corrompido, simbolizado pela segunda mensagem, havia sido dado. Entre os crentes de todas as partes, o solene clamor havia sido ouvido: “Caiu, caiu a grande Babilônia”. “Sai dela, povo Meu”. E todos entendiam que essas mensagens apontavam para acontecimentos que já haviam ocorrido.MH 175.2

    Mas, quando deveria ser dada a terceira mensagem? Ela faz parte de uma sequência de eventos que deve ser proclamada, na história do povo de Deus neste estado de mortalidade. Essa terceira mensagem recebe uma ênfase tão marcante e distinta, no esboço profético de Apocalipse 14, quanto a primeira e a segunda. E, embora os desapontados tenham sentido, por um tempo, que sua obra de advertir o mundo havia sido completada, Deus planejava colocar novamente sobre eles a responsabilidade de realizar Seu trabalho, e enviar-lhes a proclamar a terceira mensagem. Essa obra, querido leitor, está claramente definida no último verso do capítulo sobre o qual estou comentando: “E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e reis” (Apocalipse 10:11).MH 175.3

    Profetizar, às vezes, significa simplesmente ensinar, como em 1 Coríntios 11:4, 5; 14:3, 24; Mateus 7:22. Na primeira e segunda mensagens, as profecias foram abertas para as pessoas, e elas aprenderam as verdades solenes e comoventes relacionadas ao Juízo. Os crentes haviam chegado ao período de espera, tendo um testemunho para as pessoas, e o fardo da obra sobre eles. O tempo passou e, com ele, também passou a responsabilidade pela obra, e eles se viram, subitamente, destituídos de qualquer mensagem para o povo. Pensavam que a missão deles para com o mundo havia terminado. E essa era a posição na qual eles deveriam esperar, até que as grandes verdades ligadas à terceira mensagem fossem vistas à luz do santuário celestial, e o Espírito de Deus os impressionasse com a nova obra diante deles. Essa obra seria a de proclamar a terceira mensagem, expressa pelas palavras proféticas: “Importa que profetizes (ensines o povo) outra vez”. A essa altura, faz-se necessário que eu comente brevemente as três mensagens de Apocalipse 14.MH 176.1

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